quinta-feira, maio 05, 2011

quarta-feira, setembro 23, 2009

Por que sua propaganda não está funcionando?

Steve Mckee, um dos sócios da agência McKee Wallwork Cleveland, escreveu em sua coluna na revista Business Week um texto com sete pontos bem interessantes que ajudam a responder esta pergunta.
São ótimas dicas para empresas que desejam melhorar o desempenho da sua comunicação. Além disso, são pontos que devem ser compreendidos por algumas agências que parecem não enxergá-los no dia-a-dia. 

Segundo o McKee, cada empresa tem a publicidade que merece. Portanto, se a sua comunicação não está funcionando, o problema certamente é com você. Ou seja, quem tem o poder de mudar esse rumo não é a agência que te atende, mas a sua empresa - e mais ninguém.
Não adianta uma agência de qualidade se você só aprova trabalhos que não funcionarão. 

Já no caso das agências, se a publicidade do seu cliente não funciona, você também sai perdendo. Portanto, se seu cliente só aprova trabalhos que você sabe que não vão funcionar, ou você está vendendo mal as suas ideias, ou está na hora de sentar e abrir o jogo com esse cliente. Se ele insistir, pode ser o caso de abrir mão da conta. Isso mesmo. Dispensar clientes que não atendem aos seus critérios é um dos pontos que ajudam uma agência a obter sucesso - mas isso é assunto para um próximo post.


A boa notícia, é que todos os pontos apontados no texto podem ser corrigidos. Vamos lá...

Sua publicidade pode não estar funcionando porque...



1. ...é chata.
Por que assistimos TV, ouvimos rádio e lemos jornal? Por três razões: informação, entretenimento e envolvimento.Anúncios que falham em entregar pelo menos dois desses três benefícios não vão funcionar. Assim como ninguém lê todos os textos de um jornal, ninguém presta atenção a todos os anúncios. Você precisa envolver seus futuros clientes em algo interessante ou divertido para que eles te deem um pouco do seu valioso tempo e atenção. A criatividade sempre foi essencial para isso. Hoje em dia, mais ainda.

2. ...é irrelevante.
Você não deveria pensar na sua propaganda como algo sobre a sua marca, mas sim como uma extensão dela. Se a sua marca entrasse para o ramo de entretenimento e começasse a produzir filmes, como eles seriam? A idéia está aí. Se sua comunicação for sem graça, grosseira ou arrogante, as pessoas pensarão o mesmo sobre seu produto. O que é verdadeiro na vida, é verdadeiro na publicidade. Se você focar apenas no onde quer chegar, não vai conseguir muito. Ao invés, foque em dar e entregar valor, que coisas boas começarão a acontecer.

3. ...é segura demais.
A primeira vez que vi um Ford Taurus, ele chamou muito a minha atenção. O mesmo aconteceu com muita gente, e o Taurus se tornou o carro mais vendido em todos os tempos nos Estados Unidos. Se o taurus tivesse sido mais um daqueles carros sedãs em forma de caixa, provavelmente seria mais um carro normal. Ao invés, ele virou de ponta cabeça todas as convenções da história do design automotivo. Ser diferente não é garantia de sucesso, mas te dá mais chances de ser notado do que se já tiver sido feito antes. Outro ponto importante: tenha em mente que quando você faz algo diferente, as pessoas podem não gostar de você – pelo menos no início. Muitos de nós ficamos chocados com o Taurus no início. Mas suas linhas curvas tiveram uma significante influência no design automotivo. Se você se preocupar muito em ofender alguém, provavelmente não atrairá ninguém.

4. ... está tentando fazer muita coisa.
Como sabemos, muitas pessoas não ficam envolvidas pela propaganda. E mesmo quando ficam, por quanto tempo prestam atenção? trinta segundos? Dez? Cinco? O melhor que um anúncio pode fazer e comunicar uma única e breve ideia, e na era da internet - quando as pessoas podem ir até sites buscar informações adicionais que precisam – e loucura falar mais do que isso. Só porque você tem muito a dizer não quer dizer que seu público vai querer prestar atenção em tudo. Faça o seu melhor para estabelecer um simples e único ponto. Faça isso com inteligência e, com a exposição necessária, você pode conseguir.

5. ...não tem tempo suficiente para funcionar.
Você não pode tirar o pão do forno antes da hora. Você não pode apressar uma semente a se transformar em uma planta. Tudo que você pode fazer é preparar os ingredientes da melhor maneira, cuidar do jardim com carinho, e esperar até que o pão cresça e os brotos apareçam. O mesmo é verdadeiro com a publicidade. Se você esperar muito em pouco tempo (principalmente com uma verba limitada) certamente se desapontará. Pense no seu próprio comportamento de consumo. Quantas vezes vocês precisa ser exposto a uma mensagem publicitária até que tome uma atitude? Dependendo do nível de interesse das pessoas naquela categoria e da freqüência de compra, pode levar semanas, meses ou até anos para que sua mensagem seja assimilada.



6. ...você gosta dela.
Ok, é melhor se você gostar, mas lembre-se de que você não é o melhor juiz para a sua própria propaganda. A razão é simples. Você sabe demais sobre a sua marca e tem muita afeição a ela para permanecer objetivo. Veja o caso do Burger King. Sua publicidade nos últimos anos tem sido um verdadeiro sucesso para o púbico jovem, mas muitas franquias da marca afirmaram não concordar com ela. Os mais inteligentes, no entanto, reconheceram que não são o públic-alvo e a deixaram em paz. Sua propaganda não é para você. Esses pontos parecem contraintuitivos, mas é por isso que não se trata de um negócio para amadores.

7. ...seu problema não pode ser resolvido por ela.
Um erro comum que muitas empresas cometem é tentar usar a propaganda para corrigir outro problema. Pode ser um design de produto inapropriado ou desatualizado, uma estrutura de custos não competitiva, um serviço de baixa qualidade ao consumidor, ou inúmeras outras coisas. Não é que isso seja feito intencionalmente. É que é muito mais fácil colocar uma nova mão de pintura para corrigir as rachaduras na parede do que consertar o que está as causando. Nenhuma empresa consegue uma execução impecável, mas até que você consiga manter um histórico sólido de excelência, gaste seu dinheiro com melhorias internas ao invés de publicidade. A pintura pode mascarar o problema por um curto período, mas logo novas rachaduras vão aparecer.


Obviamente, diz Mckee, existem muitas outras razões para a publicidade ter um baixo desempenho – desde uso inadequado de mídia e uma estratégia mal elaborada até contrataques da concorrência. No entanto, os pontos acima, são tão comuns = e tão comumente mal-entendidos – que só de colocá-los fora do caminho sua publicidade já melhora em muito, afirma.

terça-feira, setembro 01, 2009

Dicas para um Jovem Designer.




Por: Freddy Van Camp

Ou tudo o que você sempre quis perguntar, mas nunca lhe responderam.

Uma carreira e uma reputação se iniciam
Muito bem, você passou pelo rolo compressor do vestibular, depois de muitas dúvidas escolheu a carreira de design, e agora espera que a faculdade possa lhe dar uma formação que lhe garanta uma carreira promissora e de muito sucesso.

Será que vai dar certo? Bom, depende...de você, da faculdade e das circunstancias. Antes de mais nada é necessário que você tenha consciência que sua carreira começou no momento em que você pisou na porta da faculdade. E mais importante ainda é saber que começou a se construir a sua reputação.

Sua responsabilidade e o destino
Bom e daí? Antes de mais nada é importante que você se identifique com o Design, qualquer que seja a qualidade do curso que você esteja fazendo.
Também é muito importante que você saiba que não existe faculdade ou curso ideal, todos têm problemas, e em nosso país estes problemas podem ser crônicos. Ainda assim é o que você tem a mão. É nesta instituição que você vai aprender a base sobre a qual construirá a sua carreira. E quais são as suas responsabilidades em relação a isso?

A construção de uma carreira tem duas vertentes: a do que lhe é oferecido pela faculdade ou curso que você está frequentando e a sua pessoal com um envolvimento sério e decidido no aproveitamento dos seus anos de formação.
Estas duas vertentes têm valor idêntico na construção de uma carreira e admitindo-se que uma delas não seja satisfatória a outra ainda terá valor suficiente para justificar um saldo profissional adequado. Você é responsável por, no mínimo, metade de sua carreira, metade da sua formação!

É bom lembrar que antes de existirem os cursos regulares de formação de designers os profissionais eram autodidatas, o que significa que cada um construía sua própria carreira e reputação. Mesmo assim muitos profissionais de qualidade foram forjados nesta época alguns dos quais foram os responsáveis pela implantação do design em nosso país. Com isto não estamos defendendo excluir a escola da formação do profissional, pois isso não seria possível nos dias de hoje. A escola serve como uma referência, como uma queima de etapas, como uma sistematização da formação do profissional, como uma importante fonte de informação para construção de uma carreira, agora e no futuro. No mínimo lhe dará um diploma.

O que é importante é saber que a carreira é sua. É sua a prerrogativa e responsabilidade de construí-la e não da escola. Ela é um veículo, um instrumento e só ajuda!

Uma formação consciente e contínua
Sua formação deve ser a mais consciente possível. Isto significa que depende de você quanto a escolha da faculdade ou escola, do seu envolvimento com ela, de seu aproveitamento, durante o curso e de tudo o mais que você empreendeu durante este período. Não se esqueça porém que sempre haverá algo mais a aprender e que sua formação não termina com o recebimento do diploma.
Na verdade sua formação nunca termina, ela se prolonga por toda a sua vida e nestes dias de globalização a formação contínua é a única que pode nos garantir pleno emprego ou flexibilidade ante as mudanças que virão.

O importante é manter um vinculo permanente com sua faculdade, mesmo depois de formado. Fazer cursos complementares, de aperfeiçoamento, de extensão, de especialização de mestrado ou doutorado são opções que estarão sempre abertas. Entretanto não caia na falácia de que você vai consertar uma graduação deficiente com um mestrado ou outro curso posterior. Isto não existe!
A graduação é a pedra fundamental de sua formação, se ela não for sólida você poderá sofrer as conseqüências mais adiante, para as quais às vezes não há conserto. Você tem o direito a uma boa formação qualquer que seja a escola ou universidade em que estude, portanto cobre empenho e conhecimento de seus professores e mestres além de condições adequadas da instituição de ensino que você freqüenta.

Ser crítico é uma das atitudes mais úteis em Design e ser crítico durante a
formação só pode ajudar.

É uma questão de currículo

No momento que você começa uma carreira você inicia o seu currículo
(curriculum vitae), a sua história profissional. Esta história se expressa
através de um documento que tem este nome e que lhe será exigido por toda a
sua vida. Se você tiver uma boa carreira terá um bom currículo e isto lhe
será muito útil e vantajoso no futuro.

Como você é que constrói sua carreira seu currículo refletirá isto. Na
escolha de um curso ou faculdade de qualidade, nos cursos paralelos ou nos
estágios que fez, nos projetos que executou durante o curso ou fora dele, os
projetos free-lance que executou, etc. O currículo deve dar todas as
informações sobre suas capacidades profissionais e sobre sua carreira, deve
ser seu retrato verbal, mostrando seu melhor angulo.

É um bom exercício elaborar seu currículo, é uma forma de fazer uma revisão crítica sobre sua carreira, é um meio de avaliar seu acervo profissional além de auxiliar no planejamento dos futuros passos dela. Há varias formulas de se elaborar um currículo, o importante é lembrar que ele deve ser graficamente bem elaborado, afinal você é um designer ou um candidato a tal.
Ele é seu primeiro cartão de visita. Você deve sempre ter cópias atualizadas de seu currículo disponíveis e ele deve conter seu endereço e telefone de contato. Uma entrevista pode surgir a qualquer momento e você deve estar preparado para isto!

E de portfólio
Outro item de sua apresentação profissional é seu portfólio. Nossa profissão é eminentemente visual e tudo o que projetamos tem uma expressão Bi ou tridimensional. O portfólio é seu ³currículo² visual, contém todos os seus projetos em uma forma de documentação, sejam originais, reproduções, fotografias, prints, slides, vídeos, etc.

Todos os seus projetos ou exercícios feitos durante seu curso podem ser apresentados, desde que tenham qualidade. Se eles não tiverem a qualidade que deveriam ter você pode sempre refazer qualquer projeto de sua autoria.
Os projetos em que participou durante seus estágios também podem ser mostrados, bem como os executados em equipe. Estes devem ser identificados claramente mencionando-se sempre os co-autores e devem ser dados os créditos devidos.

Há várias formas de se montar portfólios, em pastas próprias para receber pranchas grandes, em pastas A4, em formatos especiais, em um conjunto de prints, em copias xerox, em slides ou cromos montados, etc. A pasta deve sempre existir mesmo que tenha um portfólio digital ou um site seu. Evite ter apenas um portfólio digital, nem sempre será consultado ou não abre com a qualidade que você queria, quando você mais precisa. O critério básico deve ser sempre a qualidade do trabalho em si e da sua apresentação. Nem sempre é possível apresentar os trabalhos em sua versão original, neste caso devem ser reproduzidos fotograficamente, individualmente ou em montagens de conjuntos coerentes. Modelos e maquetes devem ser documentados fotograficamente assim que estiverem prontos, o mesmo deve ser feito com originais feitos a mão, que de outra forma se deterioram muito fácil ao ser manuseados. Guarde os originais e modelos de forma a protegê-los o quanto possível da deterioração, sabendo que nem sempre isto dará certo. A documentação reproduzível, seja fotográfica ou digital, é quase tão importante como o trabalho em si já que é ela que garante sua obra para a posteridade. Documente tudo com qualidade e em mais de uma mídia, em forma de foto analógica cor e p&b, vídeo, meio digital, o que estiver ao seu alcance. Dos originais digitais tenha sempre um ³Backup² em alta resolução, fora do computador, em CDs, DVDs ou em pen-drives exclusivos, por segurança.
Originais se perdem ou se deterioram e a gente só descobre isto quando já é tarde.

Estágios em profusão
Os estágios são a forma mais comum de complementar sua formação e de por a prova o que você tem aprendido. A escolha de um bom estágio é tão importante quanto à escolha de uma faculdade. Devemos fazer o máximo de estágios possíveis durante nosso período de formação. Esta é uma oportunidade de aprender com quem tem mais experiência e de verificar a quantas anda o seu nível de instrumentação e conhecimento.

Mas cuidado, o estágio não substitui a formação nem a faculdade, por mais
importante que ele nos pareça. O estágio deverá ser remunerado, mas não
pense nele como uma forma de ganhar dinheiro, ele deverá lhe dar
conhecimento e experiência. O estágio deverá sempre ser em tempo parcial e
complementar à formação. Deve durar seis meses a no máximo um ano!

Ele deve ser feito somente a partir do 4º período ou do 2º ano de formação.
Somente nesta fase você estará maduro e instrumentado o suficiente para
tirar partido desta experiência. Você poderá aprender novas técnicas e
poderá adquirir vivência profissional. Mas cuidado novamente, há estágios
que são empregos disfarçados, fuja deles como puder já que não são nunca a
seu favor! Eles são, na maioria das vezes, busca de mão de obra barata e
qualificada, sem compromissos legais. A qualidade do estágio é fundamental.
Avalie com cuidado o que está lhe sendo oferecido, não hesite em perguntar
qual será sua função e que tipo de trabalho você irá executar. Você tem este
direito. Um estágio de qualidade lhe será útil no currículo, e um sem
qualidade apenas uma perda de tempo e de oportunidade, lembre-se disto.

Ser instrumentado, ter utilidade
Não adianta procurar um estágio em um escritório de design se você não tiver
condições de contribuir para o trabalho que está sendo desenvolvido. Se você
não estiver devidamente instrumentado você vai atrapalhar mais do que
aprender. Um posto de trabalho em um escritório é caro e não esta disponível
a quem não puder contribuir com qualidade. Procure saber antes de qualquer
coisa, o que esperam de você como estagiário. O que é preciso saber para
poder ser útil e contribuir efetivamente para os projetos e tarefas em que
estiver envolvido.

Se você não estiver ainda instrumentado poderá fazer outros estágios de
formação. Poderá passar um tempo em uma fábrica de plásticos ou em uma
oficina mecânica ajudando na produção, por exemplo. Poderá se engajar em um
setor que lhe interessa, em uma gráfica, em um fotolito, em um escritório de
desenho aprendendo a desenhar ou ainda ajudando em uma pesquisa ergonômica.
Podemos chamar a este de um estágio de instrumentação. Ele pode lhe dar
muitos conhecimentos práticos, sobre materiais ou sobre produção, o que pode
ser muito útil em sua vida profissional.

Concursos e mais concursos
Participar de concursos é uma ótima forma de desenvolver capacidades profissionais, de demonstrar do que você é capaz. Com a vantagem de que você pode ser até premiado, o que será uma ótima adição ao seu currículo. Além disso, sempre pode pintar uma grana ou um prêmio o que não faz mal a ninguém.

Fique atento aos quadros de avisos de sua faculdade ou às páginas das revistas especializadas ou de sites da Internet. Há sempre ótimos concursos sendo divulgados, tanto nacionais como internacionais, com bons prêmios e temáticas, tanto para estudantes como para profissionais. Além da premiação, certos concursos têm prevista uma exposição dos concorrentes e ás vezes há publicação dos resultados na imprensa ou em catálogos, o que multiplica a divulgação de quem participa. O importante é estar atento às datas e prazos, bem como ler com atenção aos regulamentos para saber se o concurso vale ou não a pena. Os concursos que estiverem de acordo com as recomendações do ICSID ou do ICOGRADA, ou recomendados pela ADG ou ADP são os mais recomendados, já que permitem aos concorrentes o recurso a estas entidades, caso haja alguma irregularidade.

Visitas e Viagens
Fazer visitas é outra forma de criar experiência e de se informar sobre seu campo profissional. Tente fazer quantas visitas puder enquanto for estudante. As portas estão sempre abertas quando a gente é estudante, todo mundo e simpático com a gente e isto é uma vantagem única. Vá a escritórios, empresas, instituições, fábricas, feiras, exposições e colete informações que lhe poderão ser úteis agora ou no futuro. Em feiras e exposições especializadas você terá a oportunidade de ver, em um único recinto, vários fornecedores ou expositores de um mesmo setor e fazer comparações de forma fácil e rápida além de coletar informações diretamente com quem as divulga.
Obter informações técnicas relevantes em um país como o nosso não é fácil, portanto não desperdice as oportunidades que tiver ao seu alcance. Feiras e exposições são ótimas oportunidades de obtê-las, e informação, como veremos adiante é fundamental para trabalhar com competência nos dias de hoje.
Comece a fazer um arquivo do que for coletando, ele lhe servirá de referencia no futuro. Se puder, e se houver motivo, fotografe e documente o que for possível, esta informação pode não estar disponível em outra circunstancia.
Viajar é também uma forma de ampliar sua formação e seu conhecimento. Tanto faz se a viagem é pelo país ou para o estrangeiro. Estamos falando é lógico daquela viagem que não se resume em mero turismo ou em compras. Você pode utilizar o design como motivo de seus contatos. Estabeleça contato por E-mail com uma associação profissional, uma escola, ou algum profissional no local para onde você pretende viajar e faça um roteiro. Isto lhe servirá de referencia e que pode gerar novas referencias em outros locais por onde você passar. Contatos feitos nesta fase de estudante poderão ser úteis para o resto da vida. Há sites, nacionais ou internacionais, com links valiosos ou simplesmente pesquise no Google. Em viagem visite design centers, escolas de design, escritórios, lojas de empresas com bom design, exposições de arte, arquitetura ou design ou qualquer outro evento ou instituição que tenha haver com o assunto. Faça um livro de notas, uma agenda ou um diário durante sua viagem, anote tudo de forma a poder resgatar esta informação sempre que for necessário. Você verá um novo mundo se abrindo, se sentirá mais informado, verá quantas oportunidades existem de atuação como profissional e poderá fazer sua opção mais fácil e conscientemente

Buscar informações
Como parte de sua formação a busca por informações deve ser uma constante.
Navegar na internet é sempre útil e faça uma lista de ³Favoritos² no seu computador. Faça o download de textos interessantes, criando um arquivo organizado que lhe permita recupera-los depois, quando necessário. Quando pesquisar não esqueça de registrar a fonte de origem. Sempre que possível contra-cheque estas informações. Na internet há muita coisa não confiável, lembre-se disto. Com a fonte citada a responsabilidade está dada.

Nestes tempos de Internet há uma tendência se achar que só esta forma é atualizada. Entretanto devemos nos valer de todos os meios possíveis para manter nosso nível de informação alto. A frequência a Bibliotecas é ainda de vital importância. A visita a outras escolas como forma de comparar sua formação pode ser muito útil. Fazer cursos paralelos de curta duração também é uma formula muito utilizada para complementar uma formação menos estruturada ou para obter informações de outra forma não disponíveis. A assinatura de revistas especializadas ou a compra de livros poderá contribuir para a formação de uma biblioteca particular e sempre necessária.
A visita a exposições industriais ou de qualquer outro tipo poderá resultar em um acervo de catálogos e folhetos que sempre serão úteis em projetos ou estudos futuros. Freqüentar congressos, reuniões ou seminários pode revelar novos pontos de vista e resultar em uma coleção de textos e papers que por sua qualidade reflexiva lhe abrirão novas perspectivas nunca dantes vislumbradas.

Ser profissional

Ser profissional significa que você fará parte de um corpo de indivíduos que se dedica a uma atividade em prol da sociedade. Significa ter uma postura adequada à sua formação perante seus clientes, empregadores, perante a sociedade e seus colegas profissionais.

Filie-se a uma associação profissional, ou a mais de uma se achar conveniente. Participe desta associação tentando elevar o nível de exercício da profissão. Discuta formação de preços, de outros profissionais, da política do exercício da profissão, da regulamentação e de todos os assuntos que são e serão de seu interesse como profissional. Custa muito pouco, especialmente para estudantes, se todos tiverem o mesmo objetivo a profissão só tem a ganhar e você pode contribuir para isso, decisivamente.

Uma carreira com prazer
Se você se identificar com o Design e tiver tido uma boa formação, poderá desenvolver uma carreira que lhe dê sucesso, reconhecimento e principalmente prazer. O designer tem uma atuação flexível, pode resolver problemas diferentes a cada vez, pode ter a satisfação de ver seus produtos e mensagens em uso pela população, pode contribuir para aumentar a informação, a comunicação e o conforto do usuário em geral.

Isto não é pouco, nos dias de hoje.

Texto atualizado em 2009,
publicado originalmente na Revista Designe Nº1 em 08/1999.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Novidades Diárias


Olá Amigos que acompanham este blog,
Tempo para atualizar este blog é algo que me falta, pensando em vocês, orfãos, vou indicar o blog da Indesign.
Uma verdadeira pérola no meio deste mar poluído de inutilidades, tenho certeza que irão gostar.
Espero seus comentários, prometo responder.
Abraços.
http://www.indesignsp.blogspot.com

terça-feira, novembro 25, 2008

Publicidade tem Design mas não é Design


Há tempos o mercado confunde expressões forjadas lá fora que passam a fazer parte de nosso tempo e de nossas vidas. Durante décadas palavras como marketing, branding, design e outras, geraram interpretações errôneas que então são repetidas como se fossem da moda e fortalecem ainda mais a confusão por parte do mercado.
Na ausência de profissionais da área, na época, o design foi admitido ao domínio da propaganda e da publicidade pelas agências já terem maior tempo de Brasil e profissionais antenados no design global. O que funcionou bem por um tempo. Com a complexidade do conhecimento aplicado, a experiência e o planejamento técnico obrigaram a formação de profissionais especializados em design gráfico, ou os designers. Daí vieram as diferenças visíveis.
Na essência, publicidade e propaganda são, em síntese, passageiras, possuem um caráter pontual - campanhas solucionam problemas de comunicação, favorecem ações de venda e posicionam mercadologicamente a marca. Isso configura uma ação de curto prazo, que deve ser renovada mais freneticamente, pois é voltada ao tempo e contexto histórico e econômico.
Perceba que, para a tradução de desenho, existe a palavra draw, então, é fácil compreender, Design não significa desenho. Design é um projeto de maior duração, ligado intimamente aos princípios da empresa, sua identidade e o contexto cultural e leva em consideração inúmeras matérias na sua aplicação técnica.
Planejar identidades corporativas, projetos de frotas, sistemas de uniformização, peças de mobiliário urbano, embalagens, fachadas, sistemas de sinalização, projetos editoriais, símbolos tipográficos e objetos são de competência do escritório de design. O designer trabalha com projetos de Comunicação Visual. Pode ser feito por agências de propaganda e publicidade, mas são de competência dos designers. Assim como um farmacêutico pode receitar uma aspirina. Mas, é melhor ir ao médico.
Agências do mundo todo perceberam as implicações de misturarem áreas de publicidade e propaganda e design e as separaram. Hoje, funcionam como escritórios completamente independentes para prover soluções de publicidade e propaganda e design a seus clientes.
Escritórios de design são responsáveis pelas estratégias de gestão de marca, pelo branding e pela identidade da empresa e seus produtos e serviços. O design estratégico faz parte de grandes e médias corporações e serve, quando feito acertivamente, por profissionais, para aumentar o valor de marca.
autor: Raphael Caram
fonte: Revista Meio&Mídia

quarta-feira, novembro 12, 2008

Manual de Identidade Visual é necessário



O que é um manual de identidade visual ?

O manual de identidade visual é um guia para correta aplicação do logotipo nele estão expostos os conceitos para a criar uma normatização de escala cromática, fontes gráficas, dimensões. Este guia procura delimitar os limites em que o logo pode ser inserida. Sem o manual de identidade visual o logotipo fica sem referência, podendo perder sua característica caso seja aplicada de uma forma que a altere.

O que deve ter no meu manual?

Conceito da marca
No manual é incluído todo conceito da criação do logotipo, como por exemplo por que certas cores foram usadas como também o significado dos símbolos utilizados. O conceito analisa cada elemento do logo e expõe seu significado. Conhecendo a idéia por trás do logo a empresa passa a conhecer mais a si mesma podendo expor sua imagem para seu público alvo e ser compreendida.

Aplicação
O manual mostra a correta aplicação do logo com a definição de cores e tamanhos que o logotipo pode possuir como também os possíveis erros de aplicação.

Tipos de aplicações

Positiva: Marca com fundo branco e em cores (normalmente a padrão preferencial)Negativa: Marca com fundo preto ou inverso da positiva.
Monocromática: Marca em uma cor, podendo ser mais de uma opção dependendo da quantidade de cores tem sua marca.
Acromática: Marca toda preta ou em escalas de cinza.

Usos

Usos corretos e incorretos da marca, por exemplo não se pode utilizar a marca na vertical, com outro tipo de fonte a não ser a padrão, não pode ser aplicado em fundos coloridos, não pode ser inclinada, utilizada sombras.

Sobre fundos coloridos
O logotipo / logomarca aceita diversas aplicações de cores de fundo, porém para manter a legibilidade do logo em um fundo colorido é necessário um estudo cromático das cores. Este estudo é feito no manual que delimita as cores que a logo pode ser inserida sem perder seu foco visual.

Tipografias

O manual exemplifica o uso das fontes gráficas utilizadas no logotipo, mostrando todo o alfabeto e números da fonte utilizada no logo. Com a escolha de uma fonte única garante-se uma fidelidade na marca, valorizando o nome da empresa.

Margem
O uso da margem define um espaço garantindo que outros elementos gráficos não interfiram no logotipo, está separação é de importância para preservar e valorizar a logo quando inserida em textos e ao redor de outras imagens.

Limite de redução
Toda logo possui um limite de redução para manter sua fácil leitura, para isso é definido o limite de redução em milímetros (mm) ou centímetros (cm) que auxilia na ampliação do logotipo.

Malha construtiva
Para aplicações manuais a logo é subdividida em quadrados, que devem ser seguidos como referência quando a logo for ampliada em outras superfícies como pinturas em veículos, aplicações em estampas, pinturas em geral, outdoors ou qualquer outro veiculo de comunicação.

Materiais de divulgação

A vantagem em possuir o manual de identidade visual de sua empresa é ter os modelos de divulgação de sua marca seguindo todo conceito criado para o logotipo. Com a criação de materiais de divulgação como cartão de visita e papelaria é mais fácil promover sua empresa, pois com a inserção da logo sua empresa será vista ampliando sua comunicação e possibilitando conhecer novos clientes e negócios.Abaixo estão listados os materiais criados presentes no manual de identidade visual:

Cartão de visita
A criação do cartão de visita segue o estilo visual criado para o logotipo dando ênfase na harmonia entre o texto do cartão com a imagem proposta para a empresa. Para isso é feito a escolha das cores dos elementos do cartão e tipo do papel em que será impresso. No cartão de visita é inserido nome e dados para contato como: telefone, site, e-mail e endereço com as dimensões de 5 x 9 cm. Para estes dados é utilizado a fonte institucional definida no manual.

Papelaria
São criados os principais materiais de papelaria como papel timbrado, bloco de notas, envelope, pasta e carta. Sendo que em cada um é inserido o logo como também os dados de contato da empresa. A criação destes materiais visa manter a característica da marca em cada material como posição dos elementos, cores e fontes gráficas criando um bom design com baixo custo de impressão.

Vestuário e identificação
A camiseta e boné são fortes veículos de comunicação, assim para criação destes materiais buscamos inserir a identidade visual estabelecida para a empresa para que possa ser vista e lembrada. Tanto a camiseta e o boné apresentam o logotipo como também informações adicionais da empresa. Para a identificação há o crachá, seu design busca facilitar a identificação de cada membro da empresa inserindo espaço para foto, nome e cargo com as medidas de 54 x 86 mm (padrão internacional).

Informática
Uma assinatura de e-mail é uma imagem que é inserida no final da mensagem, no geral nesta assinatura é inserida no logotipo e também toda forma de comunicação da empresa como telefone e endereço. A assinatura é criada no formato JPEG ou GIF é pode ser utilizada em qualquer gerenciador de e-mail pela internet ou software como Outlook. Já o papel de parede é utilizado como plano de fundo no computador seu formato JPEG garante uma alta qualidade visual nas resoluções de 800×600, 1024×768 e 1280X1024.

Material promocional
Nestes elementos são inseridos o logo da empresa como também o telefone de contato, O posicionamento do logo deve ganhar destaque sempre valorizando o nome da empresa. Para uma correta uniformidade visual tanto a caneta como a régua seguem a escala cromática do logo para compor as cores. O outro elemento o adesivo pode apresentar diversas dimensões como também seu fundo pode ser transparente ou branco sempre de acordo com a identidade visual estabelecida para a marca.

Cores
É importante ter todas as cores da marca em três referências:RGB, PANTONE e CMIK.

Dicas
Atualize sempre seu manual.
Referencie também uma versão digital
Não numere as páginas, para evitar o retrabalho, divida por capítulos!
Use sempre um índice para identificação.
Monte um fichário
Imprima sempre em A4.

Vantagens de possuir o manual de identidade visual
Aplicação
O manual mostra a correta aplicação do logo com a definição de cores e tamanhos que o logotipo pode possuir como também os possíveis erros de aplicação.

Agilidade
Seguindo as normas do manual fica fácil para a empresa realizar alterações no seu logo como escala cromática e aplicações de fundo.

Economia
Por descrever cada elemento criado o manual, você evita erros seja na impressão ou na aplicação do logo economizando tempo e dinheiro.

fonte: Blog da Fran

9 coisas legais pra fazer na faculdade




1. Cometa erros

“É errando que se aprende” É fato: seu professor está mais inclinado a perdoar seus erros do que seu chefe estará. Diz o ditado: “é errando que se aprende”. Erre durante o curso, pois o pior que pode acontecer é você reprovar na matéria. Na vida real, um deslize pode custar seu emprego.

2. Aprenda o padrão

\"Everything north of your neck will go Jackson Pollocks\" Muita gente entra na faculdade querendo já de cara criar coisas inovadoras. Porém todos os gênios da criação aprenderam antes a fazer o que todos fazem. Veja o caso de Jackson Pollock: ele aprendeu a pintar quadros “normais” antes de virar um porra-louca.

3. Converse com seus professores

Fui abençoado com uma turma pequena: os professores sabem o nome de todos e isso cria uma aproximação maior com eles. Mesmo se fosse o contrário, tente conversar com seus professores. Quase todos têm experiência profissional na área. E são nas conversas fora de sala (ou pós-aula) que se aprende mais do que é ensinado na grade curricular.

4. Corra atrás

A maioria das reclamações que eu ouço na faculdade é que o professor Xis não ensina nada. Vou bater uma real para você: o professor conhece a matéria de cabo-a-rabo, você não. Logo, é seu problema. Sim, o professor vai te mostrar a direção aproximada a tomar, mas cabe a você correr atrás. Você está na faculdade para aprender, e não ser ensinado. Ou como diria o Aguinelo, “aspira, essa pica agora é tua” (sim, eu sei que ele deve ter plagiado de algum lugar essa frase).

5. Faça amigos

Cada pessoa na sua sala é um concorrente em potencial se você quiser. Não queira. Torne-os parceiros, quem sabe até amigos. Amigos têm menos chance de dar uma de Brutus e te apunhalar pelas costas. Conheça novas pessoas. Conheça novas pessoas em outros cursos. Faça o “networking” - crie uma lista de pessoas que você conhece com uma descrição do que fazem. Um dia você vai precisar disto.

6. Desafie-se

Não tenha medo de pegar os projetos mais difíceis lançados pelos professores. Você está na faculdade para aprender e testar seus limites. É melhor saber hoje seus limites do que chegar um cliente amanhã com um trabalho para ontém e você só terminar daqui a duas semanas. Saiba até onde você pode ir sem entrar em colapso.

7. Vá em convenções, palestras, feiras, “wharever“

Estes eventos muitas vezes trazem novidades das quais nem seus professores estão á par. Nos dias de hoje, informação vale ouro e novidades valem o dobro. E falta de tempo não é desculpa: logo você estará trabalhando 10, 12, 15 horas por dia. Caso você já esteja fazendo isto, como que você planeja estudar? Vá nesses eventos, faça novos contatos, aprenda coisas novas.

8. Leia

Eu leio tudo que estiver ao meu alcance, e o que estiver mais longe também. Cheguei a alugar alguns livros diversas vezes repetidamente da biblioteca, só para ler novamente e ver se eu realmente entendia eles. E vale tudo: desde livros técnicos sobre o que você está estudando até fictícios (estes podem aumentar seu repertório). Não tem dinheiro para comprar um livro? Biblioteca! Não tem biblioteca? Baixe PDFs da web e leia sites pertinentes. Não tem internet? Então como você está lendo esse artigo? Tomara que não tenham me plagiado.

9. Divirta-se

“A vida é curta demais” Faça isto antes de entrar na faculdade, enquanto estiver lá e depois que sair. Afinal de contas, ninguém é de ferro. Vá para as baladas, bares, parques ou faça qualquer coisa que te faça feliz. A vida é curta demais para ser levada a sério, então aproveite ela hoje. Desligue o computador e vá dar uma volta.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Isso é tudo

Música Boa, Direção de Arte, Gata, Design e Edição em Mac.
Quer mais ?

quinta-feira, abril 03, 2008

Design - ponto de partida para o sucesso na comunicação visual





O profissional responsável pelo design deve entender como o consumidor reage aos diferentes estímulos visuais

Quando uma peça de comunicação visual faz sucesso, muitos são os fatores importantes, mas um deles é essencial: o design. Mais do que uma simples “viagem”, como se costuma chamar algo diferente, é preciso muito estudo e entendimento do público alvo para determinar como uma peça específica vai ficar.

Como apresentar um determinado produto a seu consumidor? Essa é a primeira pergunta que deve ser feita quando se dá início ao projeto de criação de peças de comunicação visual. Para respondê-la, é preciso compreender as pessoas até as quais se pretende levar uma determinada mensagem. O profissional responsável por isso, deve entender como o consumidor reage aos diferentes estímulos visuais. A partir desse conteúdo, e da experiência com outros trabalhos, é possível determinar as características que devem estar presentes na peça, por exemplo, se os traços usados serão mais arredondados ou retilíneos, se o formato será tradicional ou arrojado etc.

Agora, quando voltamos nossa reflexão especificamente para os displays presentes em pontos de venda, existem duas intenções básicas: fazer com que as pessoas continuem a comprar determinado produto/marca ou atrair a atenção delas para que experimentem novas compras. Sabendo disso, os projetos de comunicação devem ser planejados de maneira diferente.

No primeiro caso, é aconselhável seguir uma linha mais conservadora, sem provocar grandes mudanças na identidade visual da marca, o que facilita seu rápido reconhecimento. Imaginem a seguinte situação: chegar ao mercado e não encontrar aquele display conhecido do seu desodorante preferido. Isso daria margem para que você comprasse uma marca nova e até desconhecida, pois o consumidor não tem tempo a perder procurando por produtos mal colocados nas gôndolas dos supermercados.

Por outro lado, quando queremos apresentar um novo produto/marca, podemos ser mais ousados e temos que buscar soluções inovadoras. Nesse caso é importante chamarmos a atenção das pessoas e estimular a mudança de velhos hábitos de consumo. Em pesquisa realizada pelo POPAI Brasil, descobriu-se que 21% das compras realizadas em “mercadinhos” acontecem por impulso, índice expressivo e que deve ser levado em conta na hora de se idealizar projetos de design.

Temos tido experiências interessantes na Petink, uma das principais empresas de comunicação visual do país. Hoje, sou o responsável por desenvolver produtos diferenciados, e em nosso departamento de criação estamos sempre em busca das novidades e das melhores formas de transmitir a mensagem dos clientes por meio da comunicação visual. A elaboração de adesivos de chão e de displays personalizados são exemplos de nossas ações. Em um trabalho mais recente, desenvolvemos um display que permite ao consumidor experimentar um desodorante sem ter que violar as embalagens, que nesse caso em específico são lacradas.

Ao contrário do que se pensa, o processo de criação de projetos visuais não conta só com a criatividade de quem desempenha esse papel. Temos que estar ligados às novas tendências de consumo, ao perfil do cliente que queremos alcançar e, a partir disso, pensar o melhor desenho das nossas peças de comunicação visual. A isso se dá o nome de “boas práticas de merchandising”. Existem muitas definições para a palavra merchandising, algumas até equivocadas que fazem parte do senso comum. A que acho mais interessante é aquela que define o Merchandising como uma ferramenta utilizada para vender um produto por si só, sem a necessidade da presença de um vendedor. Com isso em mente fica fácil compreender o papel do design no ponto de venda, como um facilitador na hora da compra; seja conquistando, persuadindo, informando ou convencendo o consumidor a comprar um determinado produto.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

O Design e o Designer


Por trás do trabalho de planejamento visual de qualquer veículo de mídia impressa há uma questão que sempre acompanha o editor (ou diretor) de arte: a identidade do veículo. Pode-se afirmar que esse profissional terá alcançado seu objetivo no momento em que o leitor correr os olhos sobre a página e souber a que publicação ela se refere. Ou seja, no instante em que ele, a partir do design gráfico apresentado, souber identificar o veículo mesmo sem ver o logotipo.

A palavra design pode ser definida como concepção de um projeto ou o produto de um planejamento. Design é uma palavra ambígua. No século XVIII na Inglaterra, o termo significava “plano de uma obra de arte”. Na origem latina, “designare” significa simultaneamente “a idéia de desenho e desígnio e implica o conceito de um objeto em vias de produção”. Embora o termo seja relativamente recente, sua atividade é bastante antiga — Gutemberg, em seus primeiros impressos, já atuava como um designer gráfico. Antes do surgimento da expressão design gráfico, o trabalho de desenho ou redesenho de peças gráficas recebeu — e ainda recebe — diversas nomenclaturas, como comunicação visual, programação visual e projeto gráfico.

Para Milton Ribeiro, “a identidade visual deve ser tratada não só como personalização da imagem, mas também como ferramenta de um processo mercadológico, altamente competitivo e bastante saturado de informações visuais”. Apesar do interesse mercadológico e da importância do desenvolvimento do design gráfico — não apenas em função do apelo visual, mas sim pelo seu fundamento, conceito e conteúdo — são raros os profissionais da área que trabalham com embasamento teórico. Falta de conhecimento acerca das origens da atividade, bem como a natureza dos elementos que determinam o bom resultado desse trabalho revela que “a maioria dos designers contemporâneos adquiriu os conhecimentos profissionais mais por ‘osmose’ do que por uma formação escolar”. De fato, a maioria dos jornais brasileiros tem no comando da editoria de arte profissionais que começaram como diagramadores e que foram ao longo do tempo se especializando na atividade. São pessoas que aprenderam a fazer programação visual gráfica simultaneamente ao desenvolvimento de suas funções.

A atividade requer, portanto, profissionais com formação híbrida, tendo o jornalismo como primeira opção. Designer gráfico, artes plásticas e arquitetura são alguns dos cursos, em nível de graduação, de pós e de especialização, que podem contribuir para que esse conhecimento deixe de ser meramente empírico e se torne enriquecido com fundamentos científicos. Enquanto não se desenvolve essa mentalidade nos diferentes níveis desse processo, o trabalho continua sendo feito por profissionais experientes que procuram, dentro de suas limitações científicas, desenvolver um bom produto e proporcionar uma identidade que permita ao leitor, como já foi dito, distinguir o veículo mesmo sem ver o logotipo.

Alcançar esse resultado, entretanto, não se constitui tarefa fácil. De posse do catálogo de tipos — uma espécie de menu de letras extraídas de softwares compatíveis com programas de editoração eletrônica — o responsável deve escolher as letras que deverão compor visualmente as informações. “Os tipos constituem sua principal ferramenta de comunicação.[…] As faces alternativas de tipos permitem que você dê expressão ao documento, para transmitir instantaneamente, e não-verbalmente, atmosfera e imagem”. O termo tipo é o desenho, o design de uma determinada família de letras como Arial, Futura etc. As variações dessas letras (ligth, itálico e negrito, por exemplo) de uma determinada família são as fontes desenhadas ou desenvolvidas para a elaboração de um conjunto completo de caracteres que consta do alfabeto em caixa alta e caixa baixa, números, símbolos e pontuação.
fonte: ifd blog

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Conceitos de design: função, letras, cores e formas


Não sabe bem o que é design, mas tem simpatia? Leia para ter uma compreensão mais clara da função do design e um roteiro para iniciar estudos. Se entendeu e empolgou, é isso mesmo.

Design é uma palavra da moda, usada uma porção de coisas, que nem sempre tem relação com design. Aparece em capas de revista, temas de palestras, cursos e campanhas publicitárias. As várias interpretações e o pouco esclarecimento sobre a real função do design geram confusão e atrapalham o processo de criação.

Tio, o que é design?
Design refere-se ao projeto visual e funcional de um produto (em nosso caso um website). É adaptar um produto à necessidade dos seus usuários, cativar o seu uso através da estética, aplicar conceitos e usabilidade à sua forma.
Alguns profissionais, empresas, cursos, matérias de revistas e conversas de botequim associam o design à produção de imagens ou manipulação de um software específico.
No entanto, os softwares são apenas ferramentas e não garantem a qualidade do projeto. Nenhum software deve ser encarado como uma solução pronta. Existem diversos programas com funções similares e a escolha sobre qual utilizar é de cada um. A definição do que é design vai muito além do Photoshop.
O design é uma área projetual. É responsável por gerar desempenho, qualidade, durabilidade e aparência a um produto. Cada trabalho a ser realizado exige planejamento, pesquisa, criatividade e técnica. Ao contrário do que muitos pensam, a função do design não está vinculada pura e simplesmente à produção de imagens.

A função do design, além da estética, é tornar um produto funcional. É transformar informação em comunicação

Na produção de um website (assim como em outros produtos) deve-se elaborar um projeto coerente, que forneça soluções eficientes e eficazes em usabilidade, desempenho e comunicação, focadas nas necessidades do público alvo. Não é apenas um trabalho criativo, mas também de planejamento e de pesquisa. Produzir um website inevitavelmente exige “pensar”.
Portanto, além da manipulação de softwares, existem alguns métodos de planejamento e pesquisa que se deve conhecer. Além ainda de conhecimentos conceituais sobre como trabalhar a pregnância da forma.

Tio, por onde começar o projeto?
Inicialmente, devem ser coletadas e organizadas as informações para o projeto. Utilizar elementos dentro de qualquer peça gráfica sem um estudo do caso é um equívoco que compromete a comunicação e a funcionalidade.
Há que se levar em consideração fatores como o objetivo do projeto, o produto a ser divulgado, o público alvo (sexo, idade, cultura, classe social, etc), identidade visual, motivações etc. Para realizar tal estudo do caso, nada melhor do que ter em mãos um briefing bem elaborado.
O ideal para a elaboração desse documento é reunir-se com o cliente, tirando suas dúvidas, esclarecendo detalhes e orientando-o sobre conceitos e tecnologias. Quando esse processo de elaboração não é possível de se realizar com o cliente, pode-se enviar a ele um documento com perguntas a serem respondidas, o que nem sempre é satisfatório.
É possível encontrar vários modelos e exemplos de briefing na web, dando uma noção de como esse documento deve ser feito. No entanto o ideal é não seguir um modelo, e sim elaborá-lo sempre de acordo com a necessidade do projeto.
Após a análise do briefing e com as devidas pesquisas feitas, o próximo passo é a arquitetura da informação. Como organizar a estrutura da interface e a distribuição das informações em categorias, além de priorizar a comunicação de informações mais relevantes. O documento apropriado para especificar a ordem e o posicionamento dos elementos que vão compor a página é o wireframe. Através de uma forma esquemática, ele representa a distribuição e a hierarquia das informações a serem comunicadas.
A partir dos posicionamentos do wireframe é que se constrói o layout.

Cada elemento do layout deve ter uma função

Uma vez que uma das funções do design é transformar informação em comunicação, nenhum elemento dentro do layout deve estar lá sem comunicar algo.
Elementos desnecessários podem confundir, poluir e dificultar o acesso e o entendimento das informações. Para um bom trabalho, é necessário fazer um estudo de conceitos visuais e de comunicação e saber porque usar determinadas cores, fontes e formas, em função da imagem e das sensações que esses elementos transmitem ao usuário.

As cores têm poder de comunicação bem maior do que se imagina.

É importante saber trabalhar com a psicodinâmica das cores, para que elas transmitam a imagem e as sensações orientadas no briefing. Cada cor transmite informações, sensações e emoções diferentes. Uma boa introdução neste assunto é encontrada no site Color in Motion, que por meio de uma animação, dá exemplos de sensações e emoções que cada cor pode representar.
Para elaborar a paleta de cores de um site, é importante saber como trabalhar as combinações cromáticas. Por mais que se saiba que cores transmitem as sensações desejadas, é essencial saber combiná-las. Nesta tarefa é essencial ter em mãos um círculo cromático.
Uma ótima ferramenta que pode nos auxiliar na elaboração de uma paleta de cores é encontrada no endereço kuler.adobe.com

Toda idéia a ser transmitida é traduzida através de letras

Outro fato que se deve ter em mente é que toda idéia a ser transmitida é traduzida através de letras. Sendo assim, é importante ter um bom conhecimento de como trabalhar com a Tipografia.
Para comunicar uma idéia deve-se trabalhar com fontes que priorizem a legibilidade e que tenham relação com o contexto do projeto. Deve-se saber, por exemplo, que fontes com serifas não são indicadas para textos na web, pois a baixa resolução dos monitores faz com que as serifas se sobreponham, o que dificulta a leitura. Porém, em títulos elas podem ter um bom resultado decorativo. Fontes sem serifa conseguem obter melhor leitura no monitor, principalmente se trabalhadas com um bom entrelinhamento.
Existem diversas famílias tipográficas, cada qual com uma aplicação especifica, de acordo com o contexto. Saber escolher bem as fontes a serem usadas é um ponto importante na comunicação.
Outro fator que auxiliará na pregnância da forma é a aplicação das leis da Gestalt em nosso projeto. Segundo a Wikipédia, Gestalt é um termo intraduzível do alemão, utilizado para abarcar a teoria da percepção visual baseada na psicologia da forma.
Aprendendo a analisar as manifestações visuais e objetos ao redor, compreendemos melhor porque algumas formas agradam e outras não (e assim podemos trabalhar esses fatores em nossos projetos). O estudo da Gestalt compreende a “integração das partes em oposição à soma do todo: estrutura, figura e forma”. Leis da Gestalt (como unificação e segregação, fechamento, boa continuidade, proximidade e semelhança) ajudam a orientar o processo de criação e obter resultados satisfatórios.
Uma boa referência de estudo sobre o assunto é o livro “Gestalt do Objeto: Leitura Visual da Forma”, do professor João Gomes Filho.
Os processos e conceitos necessários para se tornar um designer não se encerram aqui. Outros conhecimentos, como semiótica, antropologia, arte, técnicas de composição e a busca de boas influências são essenciais na formação de um profissional. Porém, a partir daqui pode-se ter uma compreensão mais clara do que é design e uma direção para iniciar os estudos.
autor: Agni

sábado, outubro 27, 2007

A Importância da Embalagem para a marca


Alguns milhões de reais e comerciais de 30 segundos em horário nobre separam as poucas marcas “famosas” do restante. Principalmente quando falamos de mercado de massa, essa diferença é ainda mais gritante. Mas será que o único fator de decisão de compra para o brasileiro é a fama da marca?

Cada vez mais sabemos que não. Com certeza, milhões de reais contribuem para o crescimento de qualquer marca, principalmente se existir algo que cative seu público-alvo. Mas a realidade brasileira obriga o consumidor, na hora da compra, a prestar mais atenção na relação de valor entre o produto e o preço e, conseqüentemente, a analisar melhor todas as opções disponíveis.

Pensemos o seguinte: a maioria da população brasileira, concentrada nas classes C e D, aspira a ter uma casa bonita, cheia de móveis, armários e eletrodomésticos. Como isso pode estar ligado a marcas? O crediário, como o da Casas Bahia, é a única solução para a realização desse sonho de consumo. São necessários R$ 18 mensais para ter aquele conjunto de sofás. A compra no supermercado é a principal fonte de economia dessa mensalidade, em que cada real economizado conta. Portanto, o consumidor, expert em relação de valor — pode acreditar, ele é o melhor nisso —, nem sempre coloca no carrinho a marca mais famosa.

E o que a embalagem tem a ver com tudo isso? Como a briga entre marcas é cada vez maior no ponto-de-venda, e as relações de custo e benefício são freqüentemente calculadas na hora da compra, a embalagem, único meio de comunicação presente nesse momento, ajuda a montar a percepção de qualidade versus preço necessária para se tomar qualquer decisão. Lembremos da prestação de R$ 18.

Aqui entra o apelo visual na hora de atrair a atenção do consumidor, para que o produto seja destacado entre as várias opções. Vale saber que 75% das embalagens presentes nos supermercados são completamente ignoradas pelos consumidores (segundo matéria publicada pela Veja em 2002). Em seguida, a embalagem precisa, em alguns segundos, traduzir os valores, a personalidade e a intenção da marca, e assim estabelecer uma ponte entre ela e seu público-alvo.

Por último, porém ainda mais importante, ela tem de garantir a comunicação dos benefícios, emocionais ou funcionais, e do diferencial do produto em relação aos seus concorrentes. Atenção: essa tarefa não necessariamente significa utilizar somente palavras, mas, mediante meios mais fáceis, rápidos e amigáveis, como símbolos e cores, convencer o consumidor de que esse produto é mais adequado do que o outro.

A embalagem, portanto, é uma ferramenta importante de comunicação. Muitas vezes, ela é parte integrante do produto, como em um desodorante aerossol, do qual vemos, compramos e manuseamos somente a embalagem, não o produto. Para outras marcas, ela define compra. Se por um lado os consumidores estão gastando mais tempo em frente às gôndolas do supermercado, por outro temos que comunicar tudo o que queremos em poucos segundos, pois não dispomos do tempo dos comerciais. O que é uma tarefa no mínimo desafiadora para marcas que muitas vezes têm apenas alguns centímetros de rótulo.
Indo de um extremo a outro, como em mercados de prestígio, a embalagem faz parte da experiência do consumidor com o produto. Aqui, a percepção é realidade e a embalagem contribui fortemente para a definição de uso do produto. Por exemplo, uma caixa de bombons em uma linda embalagem dourada e preta pode ser utilizada para presentear alguém. Já o mesmo chocolate em uma caixa de papelão amarela pode ser um companheiro para tardes em frente à TV.

Outro bom exemplo nesse mercado de prestígio é o caso de creme para pele, especialmente aqueles baseados em alta tecnologia para o combate às rugas, no qual a embalagem, também tecnológica, futurista e maravilhosa, é parte da razão pela qual as consumidoras acreditam nas promessas funcionais e milagrosas desse tipo de produto. Ou seja, em setores como o de cosméticos, a embalagem define preferência, sugere eficácia e é primordial para o sucesso do produto.

Este texto não tem a intenção de criar discussão sobre os altos investimentos em marcas “famosas”, tampouco sobre a efetividade do comercial de 30 segundos. Mas sim de alertar que a embalagem é uma importante ferramenta de comunicação que cria valor para marcas, estabelece conexão entre estas e seus consumidores e define compra e preferência.

autora: Alessandra Baronni Garrido
fonte: Portal da Propaganda

domingo, setembro 23, 2007

O Designer e O Diretor de Arte


*Design é uma palavra inglesa que significa projeto. Grosso modo, criar algum objeto, projetar sua funcionalidade, sua utilidade, e dar a esse objeto uma forma para que ele faça parte da sociedade, especialmente a de consumo, é fazer design. Esse design pouco tem em comum com o trabalho do Diretor de Arte como o conhecemos. O design está em tudo. Qualquer coisa tridimensional tem design - não importa se bonito ou feio. Carros eletrodomésticos, aviões, barcos, máquinas, produtos móveis, computadores, brinquedos, roupas e tantos outros representam a história do design. É a fotografia do mundo em todas as suas cores e formas. Presente, passado e futuro.

Embora seja possível dizer que quem faz design também faz arte, o Diretor de Arte não participa diretamente dos processos do design, a não ser que ele tenha como opção tornar-se designer industrial. Mas não vamos falar de design industrial, o que seria muito mais complexo que essas poucas linhas e que, no fim das contas, para o Diretor de Arte pouco acrescentaria. O que faz parte do dia-dia do Diretor de Arte é, isso sim, o design gráfico. Mas o que é design gráfico?

Quando se cria um projeto gráfico onde todo um conjunto de elementos estão combinados e tratados de maneira que fiquem bem distribuídos e tenham sentido, se está fazendo design gráfico. Diagramação, fotos, ilustrações, tipografias e efeitos computadorizados fazem parte da elaboração desse projeto. Criar num espaço bidimensional - nesse caso o papel ou a tela do computador - e dar sentido aos elementos que vão ocupar esse espaço é fazer design gráfico.

Trabalho que, via de regra, é desenvolvido pelo profissional chamado designer gráfico. Aí é que está a “pequena confusão”. O designer gráfico cria logotipos, embalagens, projetos editoriais - capas de livros, revistas -, programação visual - envelope, papel-carta, cartão -, manual de identidade visual, folhetos, cartazes, páginas para a internet e mais uma série de materiais gráficos que não são campanhas publicitárias. Mas o Diretor de Arte também faz tudo isso. Por que, afinal, separar Diretor de Arte de designer? O designer gráfico é, antes de tudo, um Diretor de Arte. Ponto. O único senão é que a sua especialidade não é campanha publicitária. E qual o problema? Médicos são médicos sempre. Especializam-se em suas áreas mas são médicos. Só pra você entender melhor: David Carson - um dos monstros do design gráfico moderno e que deu cara nova à revista Trip aqui no Brasil - foi considerado um dos melhores Diretores de Arte do mundo.

Temos, portanto, o seguinte quadro: design industrial pouco ligação tem com o dia-a-dia do Diretor de Arte. Design gráfico tem toda ligação. Não é apenas um complemento, mas é grande parte do trabalho. Os dois profissionais, Diretor de Arte e designer gráfico, precisam entender as mesmas coisas sobre criação quando se trata de peças gráficas. Desenvolvem peças semelhantes ou até idênticas. Conhecem diagramação, layout, tipografia, fotografia e grande parte de tudo o que você já leu até agora.
* texto baseado no livro Direção de Arte em Propaganda

sábado, setembro 22, 2007

Não existe webdesigner

Existe o designer que faz web.
Sobre esta discussão, Alexandre Wollner*, um dos mais importantes designers gráficos do país, é taxativo. Ele diz que “o web design é um fragmento do design. Não existe web designer. Existe o designer que faz web e este profissional tem que aprender tudo, tipografia, fotografia, semiótica, gestalt, matemática, ótica, percepção, comportamento humano, etc. Senão, ele não consegue fazer web”.

Toda afirmação taxativa deve ser analisada de acordo com o seu contexto, levando-se em conta quem disse e porque disse. Nesse sentido, devemos ler esta afirmação de Wollner levando em conta sua formação acadêmica e sua luta pelo design no Brasil. A formação de Alexandre Wollner vem de uma escola de design com inclinação científica, a Escola Superior da Forma de Ulm, que foi a precursora do primeiro curso de design no Brasil (Escola Superior de Desenho Industrial - Esdi, no Rio de Janeiro).

Analisando mais a fundo a afirmação, observa-se que um designer que faz web precisa (lendo nas entrelinhas do discurso de Wollner) de um processo criativo bastante aguçado. E onde começa este processo criativo? Com certeza começa no momento em que você decide que quer ser um designer. A partir deste momento, tudo que você olhar, sentir ou fizer irá alimentar a sua “inteligência visual” e contribuir para que você se torne um verdadeiro designer.

Mas não para por aí. O que Wollner diz também é que apenas alimentar nossos sentidos com informações visuais não é suficiente.

Para entender mais esta questão, pense no seguinte: um design bem feito parece sempre ser muito simples, parece inclusive ter sido feito sem esforço algum. Esta sensação é, sem dúvida, um dos propósitos do design. Quando nós encontramos um design assim, que nos inspira, queremos poder fazer algo tão bom quanto ou melhor do que o que estamos vendo. E por parecer tão simples, temos certeza absoluta de que somos capazes de fazer algo assim também.

Mas no momento em que partimos para a prática, notamos que tudo é muito mais difícil do que parecia à princípio.
Isto acontece porque design não é feito simplesmente de estética e emoção. Esses são apenas alguns elementos da função do design. Existem muitos outros elementos no processo de criação do design, como o mercado, o produto em si, a usabilidade e o ambiente onde este design vai existir. Existe uma necessidade de se atualizar a relação da tecnologia com os designers para além da expressão artística. O termo design se relaciona não só com a criatividade, mas também com a tecnologia, com o significado, com a linguagem.

Daí a necessidade de uma formação mais sólida por parte dos designers (inclusive aqueles que fazem web), uma formação que seja capaz de “traduzir” as informações visuais que nos bombardeiam constantemente em elementos que possam gerar uma inteligência visual. Esta formação não deve ser entendida como uma amarra à nossa criatividade, muito pelo contrário. É ela que vai propiciar o surgimento de um profissional muito mais seguro na hora de expressar sua criatividade.

* Alexandre Wollner (1928 - ) começou seus estudos no Instituto de Arte Contemporânea criado por Pietro Maria Bardi no Masp. Esta passagem pelo IAC propiciou-lhe uma vaga na Escola Superior da Forma de Ulm, Alemanha. De volta ao Brasil, participou da criação da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio de Janeiro. É autor de célebres logomarcas, como a da Klabin, da Santista, da Eucatex e do Itaú. [Webinsider]

sexta-feira, junho 22, 2007

Criatividade 10 + 10




Texto de Luli Radfahrer

Antes de mais nada: não existe “receita mágica” para se ter idéias diferentes. Qualquer um que tente convencê-lo do contrário tem boas chances de, na melhor das hipóteses, estar iludido – ou não saber ao certo o que criatividade significa. Afinal de contas, a partir do instante em que haja uma fórmula para se pensar novas coisas, elas já não serão mais novas.

Não sou psicólogo nem “criativólogo”, tudo que conheço na área vem de prática e observação. Quando estou bloqueado, sempre penso em crianças e no que elas fariam. Observando-as, descobri algumas atitudes que podem ajudá-lo a buscar saídas originais para os mesmos velhos problemas. Seguem algumas delas:

Relaxe. Essa é a dica mais importante. Para se ter idéias é preciso estar em um estado de espírito tranqüilo, com o mínimo de estresse possível. Pense em outras atividades que sempre mudam: dançar, cozinhar, fazer piadas... sob pressão, buscamos atalhos para o raciocínio, e as velhas rotas são sempre mais rápidas e seguras.

Colecione tudo que puder. Rótulos, embalagens, folhas, revistas velhas... junte todas as tranqueiras que conseguir. Quando reciclada, essa velharia que inferniza o seu próximo pode ser de grande serventia.

Seja curioso.
Aprenda outras coisas, não tenha medo de perguntar tudo, mesmo que não tenha nada a ver com a sua área. Os verdadeiros criativos não são esnobes nem auto-centrados. Quem age assim normalmente é só inseguro.

Mexa-se.
Dê uma caminhada, tome um banho. Ative sua coordenação motora e oxigene o cérebro. Dormir também pode ser uma boa, contanto que você tenha um caderno de notas à mão.

Redecore sua mesa, desktop, espaço de trabalho. Mude a posição de mesas, cadeiras e livros, troque seu ponto de vista, coloque objetos interessantes ao alcance da mão, provoque seu subconsciente.

Tome notas. Picasso, Hemingway e muitos outros nunca saíam de casa sem seus caderninhos Moleskine. Boa parte das “sacadas” tende a desaparecer quando tentamos fixá-las na memória. Anote tudo sem compromisso com o layout ou mesmo com a gramática. O caderno não é um diário nem um blog. É seu e só seu.

Desapegue. Dê parte das suas coisas, empreste, troque. Faça o mesmo com suas idéias. Nunca tenha medo que alguém as “roube”. Tenha em mente que, ao contrário de mercadorias, quando se trocam idéias elas não deixam suas mãos. Pelo contrário, ficam mais fortes.

Pergunte
“por que as coisas são do jeito que são?” pelo menos umas cinco vezes por dia. Faço isso há anos, o que já me levou a diversas situações constrangedoras.

Desmembre. Divida frases, situações, objetos em diversas partes, nem que seja para descobrir que o todo é muito maior que a soma delas. Ao dividi-las, os objetos e conceitos “grandes” e assustadores são transformados em objetos menores e muito mais maleáveis.

Observe
o mundo à sua volta. Preste especial atenção a crianças, camelôs, uniformes, pessoas “diferentes”, artistas e suas obras, brechós, locais abandonados, plantas, mapas, diagramas técnicos, lojas especializadas... há uma enorme riqueza pictórica no mundo.
Se nada disso der certo para se ter uma boa idéia, pelo menos será garantia de diversão e relaxamento, o que sempre é lucro.

+ 10


Por mais que todas as teorias de educação preguem o contrário, o fato é que as escolas treinam as crianças para que busquem a solução CORRETA, não a criativa. A maioria das pessoas nasce relativamente livre para ser, com o tempo, continuamente reprimida até quase não sobrar idéias. Em outras palavras, a criatividade é inata; a “caretização”, aprendida.

Esse sistema predatório em busca de “resultados” torna a massa extremamente dócil, já que, em qualquer cultura, é preciso coragem para se ter idéias novas. E muito, muito mais coragem para expô-las. Quantos não pensaram que a Terra era redonda mas não eram machos o suficiente para dizê-lo? E que o homem e o macaco tinham um antepassado em comum? Mesmo hoje, quantos não reprimem idéias que poderiam levar a um mundo melhor apenas pelo medo do ridículo?

Pois é. Para se ter idéias novas é preciso motivação, encantamento, relaxamento e, acima de tudo, uma baita duma coragem. Com isso em mente, seguem mais 10 dicas:


Informe-se.
A inspiração não surge do nada. Pessoas criativas normalmente conhecem a fundo os temas sobre quais opinam.

Desfoque.
A pressão para pensar em um único tema é uma inibição latente. Por mais que falem maravilhas de se permanecer “concentrado”, é sempre bom ter em mente que esse processo restringe e limita idéias novas.

Busque experiências diferentes. Entre em contato com manifestações artísticas ou atividades físicas inéditas. Novos esportes, radicais ou não, tipos de dança ou coreografias como Capoeira, livros de autores desconhecidos ou inéditos para você (Dostoiévski, por exemplo). O mesmo vale para gêneros musicais e artísticos em geral.

Tire um tempo para si.
Procure reservar de 15 minutos a meia hora por sessão, pelo menos umas três vezes por semana, para escrever, desenhar, tocar algum instrumento ou mesmo cochilar, sem ser interrompido.

Redefina visuais.
Desenhe um mesmo objeto de vinte ou mais formas diferentes. Se não souber desenhar ou estiver com preguiça, procure fotografar um mesmo objeto de 50 formas diferentes.

Fotografe sua rua. Aproveite que câmaras digitais tornam a fotografia uma experiência barata e condicione seu olhar. Sem sair de casa ou de sua rua, fotografe texturas, folhas, cores, formas. Se aproxime de objetos cotidianos como tampas de bueiros e os explore visualmente.

Exagere. Amplifique detalhes de sua experiência ou de sua relação com o mundo. Veja seu cotidiano pela ótica de uma criança de seis anos ou menos. Transporte-se para um olhar diferente do seu.

Interrompa seu dia. Pare por alguns instantes e faça algo que demande atenção, de preferência física. Regue plantas, por exemplo. Isso ajuda a desfocar e quebra a concentração. Vá tomar um café, converse com alguém alheio ao problema (mas não se prenda ao assunto que está trabalhando).

Copie. Por mais que pareça feio, essa atividade não tem nada a ver com plágio, muito pelo contrário. Ao copiar uma obra pronta sem saber qual foram as etapas seguidas para sua realização, você é obrigado a refazer o caminho passo a passo. Nesse processo, muitos desvios aparecem, sugerindo soluções mais adequadas. Para tornar o tópico mais divertido, copie coisas que não têm nada a ver com seu trabalho: esculturas, peças de teatro, prédios etc.

Mova do literal para o pictórico. Desenhe, diagrame ou busque fotografias que ilustrem sensações ou situações cotidianas. O barulho de um mosquito, o cheiro de pipoca etc.
Mesmo que essas dicas todas não te ajudem, certamente não farão mal. Tenha em mente que aquele tipo focado e concentrado, o tipo que nunca se desvia do assunto, pode até ser bom profissional, mas é chatérrimo.

segunda-feira, maio 28, 2007

Tipologia Brazilis




No Brasil, jovens escrevem o nome de suas gangues no topo dos edifícios da cidade de São Paulo. Suas letras são altas e angulosas como os prédios que escalam. Para eles a tipografia virou um esporte radical. A fonte BRAZIL PIXO RETO presta uma homenagem a esses novos atletas do desenho.
Aqui, Toni de Marco, Type Designer criador da fonte fala em entrevista sobre a nova cara de São Paulo.

quarta-feira, maio 23, 2007

Como contratar um profissional de design


O profissional do design pode ser uma importante parceria estratégica para a empresa. Por isso, decidir-se por um ou outro profissional é uma decisão que deve ser bem planejada.

O primeiro passo é dimensionar, o mais claramente possível, o projeto que se pretende desenvolver. Com uma boa definição do problema, será possível listar as competências necessárias para desenvolver o projeto e iniciar o processo de contratação do profissional de design.

Inicialmente, busque na página Banco de Profissionais os profissionais que possuem experiência na área que sua empresa precisa. O Banco permite ainda que a seleção seja feita por tempo de atuação no mercado e pelo número de pessoas na equipe.

A partir do Banco de Profissionais selecione de três a cinco profissionais para pedir uma proposta. Para pedir as propostas de trabalho, apresente a mesma solicitação e o mesmo conjunto de informações sobre a empresa e o projeto a ser desenvolvido. Peça uma proposta completa e solicite que venha acompanhada de um portifólio de trabalhos realizados.

Através do portifólio é possível avaliar a experiência do profissional, conhecer os clientes que ele já atendeu, as premiações, as experiências internacionais e os casos bem-sucedidos, entre outros aspectos.

Finalmente, depois de recebidas as propostas, é recomendável que o empresário vá visitar os escritórios pré-selecionados antes de tomar a decisão final. Avalie o entusiasmo do profissional com o projeto que está sendo propondo e, acima de tudo, verifique se há empatia com o profissional.

Após a escolha do profissional, comunique aos demais sobre a opção tomada e, se possível, comente com cada um as razões da escolha. É indispensável firmar um contrato escrito, para evitar controvérsias e mal-entendidos no transcorrer do projeto.

Faça download do MODELO DE CONTRATO (em formato PDF)

Se sua empresa pretende contratar um projeto de embalagens, você poderá encontrar mais informações no site do Comitê de Design da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem

sábado, maio 19, 2007

Principios da Gestalt



Gestalt é um termo intraduzível do alemão, utilizado para abarcar a teoria da percepção visual baseada na psicologia da forma.

Leis gestaltistas da organização

A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras que veremos a seguir. O fato de o cérebro agir em concordância com os princípios Gestálticos já poderia ser considerado a evidência fundamental de que a Lei da Pregnância é verdadeira. São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt:


SEMELHANÇA: Ou "similaridade", possivelmente a lei mais óbvia, que define que os objetos similares tendem a se agrupar. A similaridade pode acontecer na cor dos objetos, na textura e na sensação de massa dos elementos. Estas características podem ser exploradas quando desejamos criar relações ou agrupar elementos na composição de uma figura. Por outro lado, o mau uso da similaridade pode dificultar a percepção visual como, por exemplo, o uso de texturas semelhantes em elementos do "fundo" e em elementos do primeiro plano.


PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus similares.


CONTINUIDADE: Está relacionada à coincidência de direções, ou alinhamento, das formas dispostas. Se vários elementos de um quadro apontam para o mesmo canto, por exemplo, o resultado final "fluirá" mais naturalmente. Isso logicamente facilita a compreensão. Os elementos harmônicos produzem um conjunto harmônico. O conceito de boa continuidade está ligado ao alinhamento, pois dois elementos alinhados passam a impressão de estarem relacionados.


PREGNÂNCIA: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples: uma espada e um escudo podem tornar-se uma reta e um círculo, e um homem pode ser um aglomerado de formas geométricas. É o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada: desta forma, a parte mais facilmente compreendida em um desenho é a mais regular, que requer menos simplificação.


FECHAMENTO: o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto. Ocorre geralmente quando o desenho do elemento sugere alguma extensão lógica, como um arco de quase 360º sugere um círculo.


EXPERIÊNCIA PASSADA: Esta última relaciona-se com o pensamento pré-Gestáltico, que via nas associações o processo fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.

ANÁLISES DAS IMAGENS

Para se fazer uma análise sintática de uma imagem, é preciso, necessariamente, identificar os principais elementos da composição. E tratar a imagem não como a semiótica, que faz a análise da ligação e significado das partes que a compõem, mas sim do ponto de vista da percepção do olho humano, do modo de estruturar naturalmente os seus elementos gráficos em nossa mente.

Foi justamente para estudar essa percepção que se desenvolveu a Teoria da Gestalt.
Propõe essa teoria, entre outras regras, que o cérebro humano tende automaticamente a desmembrar a imagem em diferentes partes, organizá-las de acordo com semelhanças de forma, tamanho, cor, textura etc., que por sua vez serão reagrupadas de novo num conjunto gráfico que possibilita a compreensão do significado exposto.

A Gestalt estabelece sete relações através das quais as partes da imagem são agrupadas na percepção visual: proximidade, semelhança, direção, pregnância, boa continuidade, fechamento e experiência passada.
Esse dom natural de "arrumar" as informações passadas em seu cérebro possibilita ao homem assimilar esses dados com maior facilidade e rapidez.
Na Arte figurativa, em geral, a preocupação na organização e disposição dos elementos ultiliza-se dos mesmos princípios posteriormente estudados pela Gestalt, desde os estudos de Leonardo DaVinci e Alberti sobre a perspectiva e a hierarquização dos componentes, podendo os valorizar, dar-lhes destaque ou relegando-os a segundo plano, tendo como resultado na obra final um papel principal e destacado, logo percebido pelo espectador, ou secundário no entendimento da cena.
Em Gestalt, explicamos esse "fenômeno da percepção" através da decomposição e imediata recomposição das partes em relação ao todo. Não é muito diferente com a imagem comunicativa.
Os mesmos elementos da figura artística se aplicam à comunicação visual, inclusive a retórica. Uma imagem é capaz de ter a mesma eloqüência que um discurso falado ou mesmo que um livro. Tudo depende da ordem e da intensidade em que são organizados: a sua configuração ou Gestalt.
Seja texto ou imagem, estamos lidando com discursos da propaganda, e daí devemos perseguir sempre os elementos fundamentais desses objetos de análise..

Pulp Fiction in Typography

Ótima animação da força da palavra escrita